quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

FACE MOLHADA




(Dedicado à Menina Super Poética, Maria Bonita)

Lembrei de ti, e essa lembrança me trouxe o cheiro da chuva
As faces molhadas, incolor
Lembrei e me veio audível o seu barulho
Na insistência, trovejou
Escureceu o céu, mas sossegou a alma
Raio de saudade clareou
Chuva sem nenhuma calma, acalentou-me a lembrança
Sinto o cheiro, o jeito aguaceiro, de lembrar de ti
Essa chuva de saudade insiste em cair
Escorreu, virou a esquina, escondeu na vala
Fertilizou a lembrança, socorreu a sede e deu abastança
Apagou a poeira e trouxe a beleza dos lírios do campo
Lembrei de ti, e a doçura de uma bela chuvarada campestre
Invadiu-me a alma...
Sinto o cheiro, chuvarada agreste regou minha memória
E a face molhada, toca o azul do céu

ELIZAETE RIBEIRO

3 comentários:

Chellot disse...

Linda poesia da Elizaete e uma grande dedicação.
Beijos doces.

Unknown disse...

Obrigada, querida!

Anônimo disse...

Neste exato momento está chovendo aqui, o barulho do pingos da chuva acalma a alma...