Que barulheira infernal! Não é como Alhandra, onde os ruídos, cantos, arrastados, era o Bacanal da Natureza.
Aqui, entre lajes e paredes sufocantes, escuto os ruídos eletrônicos dos malditos! Vizinhos, inimigos escondidos por traz de grades, muros e cordialidades...
A essa altura estou na calçada...
Rola uma brisa. Vejo no fim da rua um vigia, lazarentos cães, prostitutas velhas... De longe se sente o cheiro de Dor!
Abro uma garrafa de Vinho, misturo com Vodka, o vigia passa apitando, seguido por seus desalentos, ébrio de consternação.
Chega-se um jogado, uma pustema errante, senta-se, toma uma dose e me diz: Quando era vivo fiz de tudo! De nada me arrependo, sempre vi no excesso a essência de minha Liberdade!
A Madrugada começa a fraquejar. Estou completamente ébrio, como uma azeitona...
Uma Senhora se chega e pede um pouco de Vodka, o cheiro de Rosa impregna o ar...
Bom dia, boa tarde e boa noite, vi no seu rosto um mapa de sofrimento e conhecimento, caminhos longos, penosos, insólitos...
Ela cantava uma linda canção sobre a Mata.
A luz estupra as trevas e a madrugada estar em coma, fico enojado com a vermelhidão do céu.
Arrasto-me trôpego ate a praia...
O Mar estar tão quieto que parece Morto! O Sol covarde ainda não apareceu, embora o dia já se faça claro.
Vomito na areia branca um excremento preto, mal cheiroso, quando sou surpreendido por aquela massa luminosa incomensurável que deixa o Mar azul! Intenso... Vivo! E isso não me diz nada!
Úze D´popolle.
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