Lembrei de ti, e essa lembrança me trouxe o cheiro da chuva
As faces molhadas, incolor
Lembrei e me veio audível o seu barulho
Na insistência, trovejou
Escureceu o céu, mas sossegou a alma
Raio de saudade clareou
Chuva sem nenhuma calma, acalantou-me a lembrança
Sinto o cheiro, o jeito aguaceiro, de lembrar de ti
Essa chuva de saudade insiste em cair
Escorreu, virou a esquina, escondeu na vala
Fertilizou a lembrança, socorreu a sede e deu abastança
Apagou a poeira e trouxe a beleza dos lírios do campo
Lembrei de ti, e a doçura de uma bela chuvarada campestre
Invadiu-me a alma...
Sinto o cheiro, chuvarada agreste regou minha memória
E a face molhada, toca o azul do céu
(Dedicado
à Menina Super Poética, Maria Bonita)
ELIZAETE RIBEIRO
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