domingo, 14 de julho de 2013

Canções - Mario Quintana

 




Sinopse - Canções - Mario Quintana
Seu segundo livro de poemas, Canções, é lançado em 1946 pela mesma editora, com ilustrações de Noêmia. O salto decisivo que Quintana empreende nesse livro, em termos formais, consiste na utilização do verso livre e na ampla gama de poemas escritos em verso branco, ou seja, com métrica, mas sem rima. Boa parte desse influxo advém da poesia modernista, com a qual Quintana, em certo sentido, afina sua escrita. Outra mudança que se observa nesse livro é de ordem temática: a inspiração popular. Como assinala Gilda Neves Bittencourt no prefácio de Canções, diferentemente de A rua dos cataventos, o poeta deixa-se levar "mais ao sabor do próprio poema, permitindo que ele o conduza pelos caminhos da sonoridade e da dança, explorando inclusive o espaço gráfico e desligando-se do conteúdo significativo em favor do elemento sonoro dos versos.

CANÇÃO DE DOMINGO
“Quem dança que não se dança?/ Que trança não se destrança? /
O grito que voou mais alto / Foi um grito de criança. //
... O céu estava na rua? / A rua estava no céu? /
Mas o olhar mais azul / Foi ela quem me deu!”
Essa canção, mais tarde foi musicada e gravada por Edu Lobo, ainda no tempo dos discos compactos de 45rpm.

CANÇÕES DO CHARCO
 “Uma estrelinha desnuda / Está brincando no charco. //
Coaxa o sapo. E como coaxa! / Estrelinha dança em roda.” //
... Uma estrelinha desnuda / dança e pula sobre o charco...”


 CANÇÃO DE GAROA
“Em cima do meu telhado / Pirulin lunin lunin,
/ um anjo, todo molhado, / soluça no seu flautim. //
.. E chove sem saber por quê... / E tudo foi sempre assim! /
Parece que vou sofrer: Pirulin lunin lunin...”
 

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