A depressão é um transtorno cerebral que pode ter muitas formas diferentes. É possível ter apenas um episódio de depressão durante toda a vida, ter crises recorrentes e até ser cronicamente depressivo. Ela pode ou não ter uma causa aparente e afeta mais do que a forma como o paciente enxerga as coisas – pode prejudicar também a saúde física, já que interfere no sono, na disposição e no apetite.
O problema é mais comum em mulheres e, apesar de ser recorrentes em países ricos, a população mais afetada é aquela em condições econômicas desvantajosas. A genética também é fator de risco para a doença: quem tem pai, mãe ou irmão com o trastorno tem duas ou três vezes mais chances de desenvolver depressão. Ainda não é possível explicar porque uma pessoa fica com depressão, apenas citar os fatores de risco, que se combinam entre biológicos, genéticos e emocionais. O que é possível afirmar é que o transtorno necessita de cuidados médicos.
A doença em números
- A depressão é uma das principais causas de afastamento no trabalho. No primeiro semestre de 2008, foram 2.279 casos de auxílio-doença concedidos no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
- O governo do Japão afirma que depressão e suicídios custaram quase US$32 bilhões à economia do país em 2009, somando custos como renda perdida, tratamentos e benefícios sociais.
- Entre os países desenvolvidos, a França está no topo do ranking de maior população com ao menos um episódio de depressão durante a vida. São 21% das pessoas, com idade média de 28 anos.
- Na lista de pessoas com depressão nos países em desenvolvimento, o Brasil ficou em primeiro lugar, com 18,4%. Os pacientes tem em média 24 anos.
- Pesquisas estimam que entre 30% e 50% das pessoas já preencheram, em algum momento da vida, os critérios diagnósticos da depressão.
Maria Jeremias dos Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário